DESTERRO COM A IMIGRAÇÃO
FLORIANÓPOLIS, Terra de Sol e Mar, Ilha da Magia, da Bela e Santa Catarina, acolheu o primeiro Carpes, em fevereiro de 1754, quando ainda era conhecida por VILA DO DESTERRO.
1748 a 1754 - foi o período em que a ocupação da Ilha tomou impulso.
Os constantes abalos sísmicos no Arquipélago dos Açores, sob domínio português, e também a superpopulação das Ilhas, serviram de estímulo para que cerca de 6 mil imigrantes Açorianos decidissem colonizar a Ilha e o litoral catarinense.
Os primeiros deles a habitar a Vila do Desterro, instalaram-se na rua próxima à igreja, hoje Rua dos Ilhéus, nome dado à rua em homenagem aos imigrantes.
Assim, um centro comercial surgiu próximo ao porto para venda de alimentos e produtos artesanais feitos pelos moradores.
1753 - Teve início a construção da nova Igreja (atual Catedral Metropolitana), na vigência do governo de José de Melo Manuel. que seria concluída muitos anos depois.
1753 – Partiu da Ilha duas Sumacas com destino ao Rio Grande do Sul com 250 colonos à bordo. Uma Tempestade jogou as duas Sumacas contra os Penedos da Barra do Sul, junto a Ilha de Araçatuba. Daquele desastre, somente 77 colonos sobreviveram. Desde então aquela ponta ficou conhecida como NAUFRAGADOS.
1754 - No mês de fevereiro, aportou na Terra de Sol e Mar, na Ilha da Magia, da Bela e Santa Catarina, quando ainda era conhecida por VILA DO DESTERRO, o menino SIMÃO PACHECO, que veio a ser o avô de todos os Carpes brasileiros, conhecido como SIMÃO PEREIRA DE CARPES.
A Vila de Nossa Senhora do Desterro, tinha na época pouco mais de um mil habitantes e umas duzentas casas.
Os colonos, vindos dos Açores, espalharam-se pela Vila, fazendo aumentar o número de casas.
O acesso ao interior da Ilha era difícil, então o centro urbano se desenvolveu na parte próxima ao continente.
1754 - A planta da Vila de Nossa Senhora do Desterro, desenhada por Custódio de Sá e Faria. (Biblioteca Mario de Andrade - Secção de Manuscritos, São Paulo).
A agricultura de subsistência foi a primeira atividade dos colonizadores, com ênfase à cultura da mandioca, que mais tarde iria atender em pequena escala ao mercado externo.
A classe mais poderosa da época era a dos militares e, devido a sua presença no então Porto do Desterro, foi necessário importar roupas, alimentos e objetos de consumo para atendê-los.
Aos poucos foram sendo criadas as primeiras freguesias, como a de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa e Nossa Senhora do Rosário, da Enseada do Brito, no Continente, de frente para o sul da Ilha,
1763 – Foi erguido junto ao Estreito, no lado insular, o Forte Sant'Ana, pelo Governador Coronel Cardoso de Menezes. De traçado poligonal, com 9 canhões e sua muralha de 1,20m de espessura no parapeito. Com risco do Brigadeiro José Custodio de Melo.
1765 – O governador Francisco de Souza Menezes inicia a construção do Forte São Caetano, que seria mais uma bateria na ponta grossa. Localizava-se um pouco mais a baixo que o forte São José, mas virado para a praia de Canasvieiras.
1765 – Fundou-se a irmandade do Senhor dos Passos.
1765 – Uma ordem do Vice-Rei para o governador de Santos, dizia que embarcasse para Desterro duas companhias daquela guarnição. Pois temia-se uma invasão espanhola.
1767 – Marcharam 100 praças do Regimento de Linha da Ilha para defender o Rio Grande do Sul, onde poucos retornaram.
1768 – Inicia-se a construção do Prédio da Câmara e Cadeia, que hoje é o prédio da prefeitura na Praça XV de Novembro.
1769 – Chega à Desterro, a mando de Sua Majestade, o cirurgião Paulo Lopes Falcão, depois de muitos pedidos da população ao Rei para que Desterro tivesse um medico.
1770 - Estava sendo concluída a nova casa do Governo, de dois pavimentos.
1777 - Simão tinha 36 anos quando ocorreu a invasão espanhola, e a Vila do Desterro teve boa parte das suas edificações arrasadas pela soldadesca espanhola.
1778, aos 37 anos, Simão estava Sargento-Mor (ou Major) de Granadeiros, no Regimento de Infantaria de Linha da Ilha de Santa Catarina. Esse Regimento passou para a História com a denominação de REGIMENTO BARRIGA VERDE, sob o comando do Coronel Fernando da Gama Lobo Coelho.
1778 – A Ilha é retomada pelos portugueses e é recebida pelo Coronel Francisco da Veiga Cabral da Câmara, do regimento da Bahia.
1779 – Passa a governar a Ilha Francisco Barros de Moraes Araújo Teixeira Omem, cuja séria administração foi a mais fecunda de Santa Catarina.
Entre suas principais obras, citamos:
- Conclusão do prédio da Câmara e Cadeia;
- Ajuda ao Hospital de Caridade do Irmão Joaquim;
- Liberar os soldados para que voltem para suas plantações;
- Planta Cana para fazer açúcar e aguardente;
- Planta, também, tabaco, anil, trigo, linho, mandioca, etc.
1779 - morreu aos 90 anos a beata Joana de Gusmão.
1789 – Abrem-se as portas do Hospital de Caridade aos pobres. A foto abaixo mostra o Hospital de Caridade pouco mais de cem anos depois da inauguração.
Apesar de tudo, Desterro era um grande presídio, um núcleo puramente militar e assim ficou até o fim do primeiro decênio do Século XIX, quando teve início a vida civil da Vila com a nomeação e chegada de fora do primeiro Juiz.
1803 – Foi Lançada a pedra fundamental da Igreja São Francisco, inaugurada em 1815. A foto abaixo da Igreja é de meados do Século XX.
1819 – Em 19 de Agosto, faleceu o patriarca da família CARPES, apagando um pouco do esplendor da Bela e Santa Catarina.
1823 – Desterro tornou-se a capital de Santa Catarina.
1823 – A Vila do Desterro é elevada à categoria de cidade e continua a ser a capital da Província de Santa Catarina.
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